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Um bom pretexto para denunciar a infame campanha que o patronato move contra a classe trabalhadora (nós, apesar de um dos membros ser o seu próprio patrão), nem que seja necessário recorrer à mais baixa calúnia.

quinta-feira, dezembro 30, 2004

Latrina II

Numa reunião recentemente havida aqui na tasca, um funcionário zeloso do bom ambiente laboral queixou-se do mau cheiro que escapava dos "armários aquáticos" (WC) do local de diária labuta.

Seguiu-se uma discussão de trampa sobre um assunto de merda, sendo o peido mestre no diálogo dado pelo meu patrão laconicamente declarando:

-Aqui ninguém me apanha a fazer isso durante a semana!

Ao que lhe foi prontamente respondido em tom de "Este filho da puta é mesmo uma besta!":

- OK. Está decidido: ninguém caga nesta empresa!

À pronta risada seguiu-se uma proposta digna de um brainstorming do Dilbert:

- Proponho que se inclua no plano de formação uma acção teórico-prática sobre o tema: "Retenção de fezes em horário de expediente".


Suponho agora que a limitação da abstinência intestinal ao expediente se deve ao facto de por esta decisão se compensar de alguma forma o esforço suplementar mas nunca remunerado das horas extraordinárias.

Quiça também se tenha assim descoberto a solução para o problema da baixa produtividade em Portugal. Toda a gente sabe que o cheiro a merda não inspira ninguém a trabalhar. Veja-se as moscas... E por oposição, veja-se as abelhas. Ou as formigas. Ninguém jamais ouviu falar de uma colónia de moscas trabalhadoras, pois não?

Se as seguintes personagens estivessem presentes nesta bela e inesquecível reunião, teriam dito:

Bejamin Franklin:
"Merda é dinheiro!"

Milton Friedman:
"O Laxismo é a morte do Capitalismo!"

Marx :
"Proletários de todos os países, cagai-vos!"

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