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Um bom pretexto para denunciar a infame campanha que o patronato move contra a classe trabalhadora (nós, apesar de um dos membros ser o seu próprio patrão), nem que seja necessário recorrer à mais baixa calúnia.

terça-feira, outubro 05, 2004

Um ano disto

Em apenas um ano, que representa 1/45, sensivelmente, da carreira de qualquer assalariado, o meu patrão conseguiu praticar todas as vilezas possíveis até à indecente proposta final de alteração de contrato que, à minha recusa, levou a que o biltre se tornasse o meu ex-patrão. Ser demitido. A experiência que faltava, esta com a benesse de ter a componente de libertação, valha-me, no limite, isso. Como estamos aqui apenas a apontar a efeméride não vou listar todas essas ignomínias, porque pretendo acabar o post ainda durante o dia de aniversário do blogue. Prometo que a elas voltarei.

Já no outro 5 de Outubro, bem apontava o Proletário, houve uma meia-dúzia de bem-intencionados, que sim senhor, quiseram provocar uma transformação real e para melhor. Tendo sido um bonito projecto, ainda teriam que passar mais de 60 anos até se chegar perto de uma concretização. Por aqui, não é muito diferente. Apostava que para todos os que fundaram esta casa, a ter havido aumentos, terão sido de trabalho.

Por fim, se para o ano, entre o post de aniversário e o post anterior tiverem passado menos de seis meses, já é capaz de haver razões para parabéns.
Há um ano, quando este abrigo dos oprimidos laborais abriu as portas, eu estava fodido com o meu patrão. O sacaninha prometia-me um aumento há meses, o trabalho era cada vez mais exigente e o saldo da conta bancária permanecia inalterado a cada início de mês. Doze meses depois tudo mudou. O tal sacaninha foi-se embora para a concorrência, entrou um novo chefe e voltaram as promessas. O novo capataz farta-se de gritar. Remodelou o tasco e atribuiu novas competências ao povo. Mas a minha conta bancária está na mesma. Ou seja, o novo chefe é tão mentiroso como o primeiro. Daqui a um ano devo estar aqui a escrever a mesma merda. Encaro cada vez mais seriamente a hipótese de descarregar o autoclismo e dizer ao meu patrão tudo o que penso dele. Pior também não posso ficar.

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